Diogo Costa
Natural da Serra da Estrela, Diogo Costa é um jovem violinista português que desenvolve atividade como músico de orquestra, produtor musical e criador de conteúdos digitais. Começou por estudar violino aos 12 anos de idade passando pelo Conservatório de Música de Seia, a Academia Nacional Superior de Orquestra e a Universidade do Minho. Entusiasta da música do final do séc. XIX e toda a música dos séculos XX e XXI, sente-se particularmente atraído por compositores como Brahms, Elgar, Debussy, Ravel e Stockhausen. Nem por isso deixa de ouvir a melhor pop dos dias de hoje. Para além da atividade que mantém regularmente ao serviço de várias orquestras portuguesas, destacando a Orquestra Sem Fronteiras — um projeto musical e social ao serviço da descentralização da cultura — trabalha regularmente na produção de projetos musicais, como o Festival DME, e na produção de conteúdos digitais como o Podcast Música para “40 Dias”, onde conversa com jovens músicos portugueses em início de carreira.
O que faria com 10 mil euros?
Começaria uma plataforma, em equipa, que se dedicasse à produção de conteúdos digitais na área da música clássica, artes e sociedade.
Sabemos há muito tempo que a música erudita, as artes por extensão, precisam de mais engagement da parte do público para terem maior alcance, talvez por isso sejam menos “consumidas”. Um trabalho neste sentido é fundamental.
Falta criar conteúdos que tenham o poder de interessar mais as pessoas por aquilo que está fora da sua zona de conforto, que expliquem que não há uma “música clássica”. O que há é uma série de géneros de música erudita tão diferentes entre si como a música dos anos 60, 70 ou 80.
Por isso, poria este dinheiro ao serviço da criação de vídeos, textos, concertos, que fizessem a ponte com o nosso quotidiano. É preciso não esquecer que o criador é um ser humano e que não vive numa bolha. Todos os temas e assuntos que nos preocupam na atualidade estão presentes na arte de uma forma política, social, económica, educacional. Uma sociedade alerta para isto, vai saber valorizar mais as suas artes.”