Sofia Castro tem 22 anos e nasceu em Santa Maria da Feira. Começou por fazer o que chamam teatro. Aqueles espaços de lazer não eram suficientes para satisfazer o que seria a sua crise com o mundo. Este sítio em que habitamos parecia demasiado feio e ela achava que o devia mudar. Antes de ingressar na licenciatura em teatro, na ESTC, apercebeu-se da utopia que tinha perseguido até então. Afinal só queria ser feliz, queria ter o direito de escolher o que fazer. A resposta era o teatro, apesar dos sapatos rotos que antecipavam a precariedade. Deixando à margem o lirismo por uma frase, porque isto é uma biografia: no início de carreira teve já o trabalho (não a sorte) de ser intérprete em "Carta" de Mónica Calle; em "Douchebags", uma produção da Nova Companhia; em "Terror e Miséria na Queda da Democracia", por Pedro Ribeiro; "Não recomendo à sociedade I ato", de Tiago Vieira; (...); e conta já com criações de sua autoria.